20 de mar. de 2016

Outono

Do meu jardim, galho seco da Bergamoteira.
 
Aqui estou novamente,
Sentindo o sol se afastar.
Olhando para árvores desnudas,
Folhas secas pelo ar.
 
Juro! Não tive culpa,
Do verão acabar.
Penso, não importa o tempo,
Sempre vou te amar.
 
Se, não pude segurar,
O avanço das estações.
É porque dou mais valor,
Às vozes dos corações.
Perdoa-me, amada vida!
Reservo forças pra outros tempos,
Mais frio e mais perverso,
Que um simples outono.
Falo do inverno.
 
Rolem folhas secas!
Cubram o chão,
Formem tapetes de cores frias,
Tornem-se adubo esfarelando-se nas mãos,
Certo que tudo tem razão!
 
Certo que tudo é mais que,
Simples folhas pelo chão!

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