Meus olhos chovem de saudade

Se meus olhos choverem hoje, 

Perdoa-me! 

Se derramarem rios e cachoeiras, 

Se transbordarem em mares de saudade, 

Entenda, foi por você! 

E se meu coração tremer, 

Fremir em notas desalinhadas, 

Se perder o compasso, 

Não culpe a idade, 

Nem o amor, 

Nem a ausência! 

A culpa é sua, que não soube dar valor 

A um amor que era tempestade e calmaria.

Luzes acesas

Quantas estrelas precisa você pra sonhar? 

Quantas mãos dando adeus pra você querer voltar? 

Quantas luzes acesas pra você se revelar? 

Quantos brinquedos precisa você pra voar? 

Quantos medos vencidos pro amor se revelar? 

Quantos lagos e rios pra você rever o mar? 

Quantas notícias virão pra você despertar? 

Quantas guerras perdidas pra alegria retornar? 

Quantas nuvens de chumbo pra esse dia clarear? 

Quantas mentiras virão pra verdade chegar? 

Quantos punhos fechados pro carinho abençoar? 

Quantos passos trocados pra aprendermos a dançar? 

Abre a janela, olha pro sol 

Que a alegria te espera 

Poesia de Oswaldo Montenegro e Raimundo Fagner Cândido Lopes

Besos