15 de jul. de 2025

Brechas de felicidade

 

José e Vilma, meus pais, ano 1949

Há momentos em que a felicidade simplesmente escapa à lógica, como um sorriso da alma antes mesmo que a mente perceba. É aquele cheiro que desperta uma lembrança boa, o fim de tarde vagando sem pressa, o pôr do sol que cala, o abraço que reconecta. 

Esses instantes são como brechas no tempo em que tudo, inexplicavelmente, faz sentido. Não há manual nem explicação, porque a felicidade verdadeira não exige compreensão, só presença. 

É quando o coração se antecipa à razão e nos lembra que viver é sentir com intensidade, com coragem, com entrega. É nessa dança entre emoção e instinto que descobrimos que a vida não se resume em existir, mas em saborear cada instante, como quem morde uma fruta madura e deixa o suco escorrer sem pressa. 

Viver é se permitir arrepiar com uma música, se perder num olhar, rir até doer a barriga, chorar sem pedir desculpas, e amar sem colocar freios. É celebrar até os tropeços, porque cada queda ensina, fortalece, desperta. 

A paixão pela vida mora nos detalhes: no café quente num dia frio, no vento que bagunça o cabelo, na vontade de começar de novo. Que a alma siga livre, disposta, apaixonada por cada pedaço de tempo que se chama agora.

Porque às vezes, a felicidade ganha forma, voz e intensidade em alguém que desperta tudo o que há de mais vivo dentro da gente. É como se cada batida do coração tivesse escolhido esse nome para ecoar, como se o tempo encontrasse sentido só quando ela está por perto. 

Você querida é  o sol que aquece, o abraço que acolhe, o olhar que ilumina. É quem faz até o silêncio ter música e transforma o simples em inesquecível. 

Estar feliz, enfim, é saber que existe alguém que nos inspira a ser mais, sentir mais e viver tudo... agora.


11 de jul. de 2025

Formas de luz

 Teu corpo não é carne, é cadência,
 Esculpido em silêncio por mãos de anjos, 
 Cada curva, um verso; cada gesto, a ciência 
 Do amor escrito em contornos estranhos. 

Os olhos, janelas de sol em neblina, 
Guardam o brilho de estrelas gentis. 
Na pele, a brisa dança e declina 
Como pluma de paz sobre jardins sutis.
 
O coração, templo onde pulsa o mistério, 
Cada batida, salmo em harmonia. 
E as mãos, que tocam sem império, 
São pontes que curam em doce alquimia. 

Ah, se o céu soubesse tua forma exata, 
Choraria ao ver seu projeto divino: 
Tu és poema que a alma retrata, 
Feito à imagem de um sonho cristalino.

9 de jul. de 2025

Sentida - o prazer de estar e de sentir-se feliz


A brisa leve toca o chão 
Traz consigo uma emoção 
O mundo gira sem parar 
E a vida insiste em nos guiar 

 No olhar encontro o meu lugar 
 Entre estrelas vou me entregar 
 Sem mapas sem direção 
 A alma dança na imensidão  

É o instante em que o coração 
Se antecipa à razão 
E tudo faz sentido mesmo sem explicação 
A felicidade não precisa ser compreendida  
Ela só quer ser sentida  

 Um passo no escuro é luz a brilhar 
 Um sonho perdido pode se encontrar 
 Se o tempo é breve não vou hesitar 
 De braços abertos vou me deixar levar 

 O som do vento canta pra mim 
 Histórias doces sem ter um fim 
 Caminhos novos vou explorar 
 A cada curva um novo lugar  

 É o instante em que o coração 
 Se antecipa à razão 
 E tudo faz sentido mesmo sem explicação 
 A felicidade não precisa ser compreendida 
 Ela só quer ser sentida

4 de jul. de 2025

Eu somei!

A vida me ensinou que não basta dividir os dias com alguém.
É preciso somar  com o mundo, com as pessoas, com as diferenças.

Dividir é bonito: é dar espaço, é caminhar junto.
Mas somar… ah, somar é crescer.
É olhar nos olhos de quem pensa diferente e enxergar beleza.
É ouvir histórias que não são as minhas e ainda assim me reconhecer nelas.

Somei com quem veio de longe e com quem estava ao lado o tempo todo.
Somei com quem me desafiou, com quem me acolheu,
com quem me fez rir, e até com quem me fez chorar e repensar.

A vida é mais do que encontrar um par.
É encontrar pedaços de si em cada pessoa que passa.
E hoje eu posso dizer, com o coração cheio:

Eu consegui. 
Eu somei. 
E sou mais por causa disso.

Obrigado a cada um que me ensinou a ser plural.
Obrigado a você menina por ter me dado oportunidade de,
A cada encontro, a cada divisão.
Me fazer inteiro!

19 de jun. de 2025

Vivo pensando


Eu vivo pensando em você,
Nada pode me fazer esquecer,
Meu coração só quer ti amar,
E eu não vou mais negar,
Dizem que eu sou louco,
Mas eu não vou mudar,
Ti amo do meu jeito,
Só você me faz sonhar!!!

Pensar em você,
Viver só pra ti ver,
Sorrir quando você vem,
Mesmo longe do meu bem!

É tão bom sentir,
Que ainda lembras de mim,
Nada vai me impedir
De ti amar até o fim!

Dizem que eu sou louco,
Mas eu não vou mudar,
Ti amo do meu jeito,
Só você me faz sonhar!!!

Pensar em você,
Viver só pra ti ver,
Sorrir quando você vem,
Mesmo longe do meu bem!

18 de jun. de 2025

Flores de ódio


Como rimar quando a noite não cessa,
E o céu derrama em silêncio o que resta?
Lágrimas rubras cortam o chão frio,
O inverno sangra seu próprio vazio,
Como fêmeas que renegam o cio!

A flor, que um dia sonhou primavera,
Adormece na terra que já nada espera.
E eu, mãos sujas de lama e tristeza,
Despojado de qualquer riqueza
Tento plantar beleza em sua dureza
Mas falta-me a sutileza.

As palavras congelam antes do papel,
A dor vira verso, o verso, um véu.
E o soldado de herói, vira réu!
E mesmo sem sol, escrevo por teimosia,
Versos que ferem, doem, mas pedem poesia.
Porque mesmo quando o mundo se parte,
Há quem plante flores só por arte.



16 de jun. de 2025

Sou a mão (A dor de um poeta)


Eu desconstruo formas e poesias,
Desalinho muros e sentimentos.
Contrario a lei da gravidade e,
Deixo palavras flutuando ao vento!
Quebro a barreira do tempo.
Eu sou a mão, não sou em vão!

Eu reinvento a linguagem em silêncio, 
Recolho os ecos do impossível, 
Reescrevo o tempo com tintas do avesso, 
E pinto a memória num traço indizível. 
Eu sou a mão, não sou em vão!

As sílabas fogem da lógica exata, 
Dançam no abismo de um verso incerto. 
Transformo o verbo em vórtice e vento, 
Desobedeço o dicionário, liberto. 
Eu sou a mão!

Nenhuma métrica me segura, 
Nenhuma regra dita meu fim. 
Sou ruído, sussurro e ruptura 
A poesia indomada que mora em mim.
Eu sou a mão, não sou em vão!

Sou sopro de ar no mundo sufocado,
Sou pesadelo e sonho represado!
A desculpa sem perdão,
A aterrisagem sem chão!
Sou o pão!
Não sou em vão!

Ouça

4 de jun. de 2025

Let's save a child's life in Gaza or in the world

 

Crianças caminham pelas ruas destruídas de Khan Younis.  Foto: Sacha Myers - Save the Children

When will the so-called pacifist nations wake up and see that this is not a war against terrorism? But rather the extermination of a people!

Read the report from the Save the Children movement

Know the names of the dead children

23 de mai. de 2025

Saudades

Praia do Barro Duro - Laranjal - Pelotas
Formato, forma, feitio. 
Formado ao tempo, sem rascunho. 
Molde que o tempo esculpiu.
Sem esboço, sem revisão, somente a perfeição que fluiu.
O vento sussurra sua essência, 
as águas refletem seu traço, no céu azul, 
Natureza bela e viva, 
Autografada por Deus de próprio punho.
Folhas dançam ao som da brisa, rios traçam caminhos profundos, 
Natureza bela e viva, arte maior entre os mundos. 
Não há retoques, nem hesitação!
Trago em meu peito lembranças de tuas águas,
De minha jovialidade, meu sexo, meus frutos, 
Minha italiana amada, mãe, esperança de vida que nos deixou...
Com amor pra você, Loiva!


13 de mai. de 2025

Dar amor

 

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges, 
O que me dás. tanto me basta... 
Mas faz-me falta a umidade de teu beijo!
O suave toque de tua mão,
O vibrato de tua voz na hora de confessar o amor;
Sinto assim, falta demais!

Mas vejo-te ao longe, na penumbra do tempo, 
Teus olhos brilham como estrelas em desvelo. 
O silêncio grita, ecoa em meu peito, 
Na ausência tua, meu amor é um segredo. 
Se é verdade ou ilusão que trazes contigo, 
Pouco importa se em teus braços existo. 
Pois mesmo na dúvida, na dor e incerteza, 
És chama ardente, és minha fortaleza.

Então vibre, abrace, se me sentir doido, se afaste...
Por amar-te assim, dar te ia muito mais!

8 de mai. de 2025

Lost in Singapore

 

As the sun set over Singapore’s gleaming skyscrapers, my legs wandered the vibrant streets of Orchard Road. Just hours earlier, I had arrived in this bustling city, brimming with cultures, eager to explore its famous attractions. However, in my search for the elusive street food markets, I had inadvertently strayed from my planned route.

Without the GPS on my phone, which I had forgotten to charge in my excitement, I had to rely on my instincts and the occasional pedestrian who dared to ask in my broken English, begging for directions. Every corner was a feast for the senses: the aroma of satay sizzling on skewers, the vibrant colours of traditional Peranakan tiles and the melodic sounds of street musicians blended into a symphony that both soothed and captivated me.

As I delved deeper into the maze of HDB flats, my initial anxiety turned to euphoria. I stumbled upon a hidden hawker market where locals gathered around tables, enjoying dishes like Hainanese chicken rice and laksa. The friendly chatter and laughter welcomed me, and I soon shared a table with a jovial elderly couple who graciously regaled me with stories of Singapore’s transformation over the decades.

After a delicious meal and so much information, I plucked up the courage and decided it was time to pluck up the courage to meet Zhang Li, my betrothed from the East. The warm evening air was scented with spices and sweet desserts. I realized then that getting lost wasn't a tragedy after all; it was the time I needed to fill my chest with desire and finally find love. Find the woman who made me fly halfway around the world in search of happiness. You!

30 de mar. de 2025

Não perca um segundo na vida, ame

Nunca deixe que o som da chuva no telhado
Seja mais forte que o que guardo calado
Cada gota um sussurro
Um recado
Mas nenhum diz o que eu falo errado

Nunca deixe que o som da chuva no telhado
Abafe o som silábico de um Eu te amo
Ouça meu peito
Não o céu molhado
Diz pra mim que não é engano

Teu sorriso é o sol em meio à tormenta
Tua voz é a melodia que o vento inventa
Eu danço nas poças
Mas o coração lamenta
Quando a chuva leva o que o amor sustenta

Nunca deixe que o som da chuva no telhado
Abafe o som silábico de um Eu te amo
Ouça meu peito
Não o céu molhado
Diz pra mim que não é engano

Pingos caem como lágrimas de saudade
Mas teu nome é um raio de verdade
Cada trovão é só uma vaidade
Porque o amor é mais alto que a tempestade

21 de fev. de 2025

Stand by me

 
Estarei aqui, como sempre.
Não precisa avisar, vem!!!
Na noite escura no dia cinza ,
Quando o verão se for também,
Com tempestade ou frio,
Com desamor na vida,
Eu sigo firme contigo,
Em nossa corrida.
Estarei aqui! Braços abertos  pra ti 
Coração escancarado pronto pra ti acolher!

Com vinho e melodia,
Conversa  sincera e pura,
Se o medo ti assombrar meu colo será ternura,
Com tempestade ou frio.
Com desamor na vida,
Eu sigo firme contigo, 
Em nossa corrida!!!

Estarei aqui! 
Braços abertos pra ti,
Coração escancarado pronto pra ti acolher
Com um sorriso e carinho!

20 de jan. de 2025

السلام على الرجال / שלום על בני האדם / PAZ

 


Avisa lá! Avisa as corujas do Oriente que o céu à noite, voltou  a ser das estrelas!

תודיע לי! ספר לינשופים המזרחיים ששמי הלילה שוב מלאים בכוכבים!

اسمحوا لي أن أعرف! أخبر البوم الشرقي أن سماء الليل مليئة بالنجوم مرة أخرى!

Lass es mich wissen! Sagen Sie den Osteulen, dass der Nachthimmel wieder voller Sterne ist!

मुझे बताओ! पूर्वी उल्लुओं को बताएं कि रात का आकाश फिर से तारों से भर गया है!

Уведомление! Расскажите восточным совам, что ночное небо снова полно звезд!

Bildiri! Doğu baykuşlarına gece gökyüzünün yine yıldızlarla dolu olduğunu söyleyin!

宣言!東のフクロウたちに、夜空はまた星でいっぱいだと伝えてください!

宣言!告诉东方的猫头鹰,夜空又布满了星星!

Declaration! Tell the owls in the east that the night sky is full of stars again!




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