Ser as luvas nas mãos de outro,
Ser o calor de fogueira apagada,
Ser a acolhida segura!
Faróis em noite de neblina.
É mais do que sexo!
É correr os dedos sobre as cicatrizes,
É enrijecer os mamilos ao lembrar seu nome,
É ter nossos pelos enrolados na toalha de banho,
É dizer, pode ficar te aceito.
É ser a poesia de Oswaldo Montenegro ao som da flauta de Madalena Salles,
É despir o ego e revelar su'alma,
E assim se faz canção...
Luvas nas mãos, calor que se inventa,
Farol aceso em noite de neblina,
Não é só corpo, é alma que se alinha.
É sentir teus passos nas minhas lembranças,
É tocar cicatrizes como se fossem danças,
É dizer: “pode ficar, te aceito”,
Sem pressa, sem jeito, do nosso jeito.
É despir o ego e revelar su’alma,
Rir da dor e trazer a calma,
É ser abrigo na tempestade,
Amor inteiro em liberdade.
Mamilos enrijecem com teu nome no vento,
Pelos misturados em banho e tempo,
O cheiro que fica, mesmo que não esteja,
Sou poesia, sou quem te deseja.
Como Oswaldo com sua flauta encantada,
A melodia que nunca acaba,
Somos notas na mesma canção,
Intimidade, nossa oração.
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