6 de jan. de 2025

Intimidade

Intimidade é:
 Ser as luvas nas mãos de outro,
 Ser o calor de fogueira apagada,
 Ser a acolhida segura!
 Faróis em noite de neblina.
 É mais do que sexo! 
É correr os dedos sobre as cicatrizes,
É enrijecer os mamilos ao lembrar seu nome,
É ter nossos pelos enrolados  na toalha de banho,
É dizer, pode ficar te aceito.
É ser a poesia de Oswaldo Montenegro ao som da flauta de Madalena Salles,

É despir o ego e revelar su'alma,

E assim se faz canção...

Intimidade é ser tua pele em manhãs sonolentas, 
Luvas nas mãos, calor que se inventa, 
Farol aceso em noite de neblina, 
Não é só corpo, é alma que se alinha. 
É sentir teus passos nas minhas lembranças, 
 É tocar cicatrizes como se fossem danças, 
 É dizer: “pode ficar, te aceito”, 
 Sem pressa, sem jeito, do nosso jeito.
É despir o ego e revelar su’alma, 
 Rir da dor e trazer a calma, 
 É ser abrigo na tempestade,
 Amor inteiro em liberdade.
Mamilos enrijecem com teu nome no vento, 
 Pelos misturados em banho e tempo, 
 O cheiro que fica, mesmo que não esteja, 
 Sou poesia, sou quem te deseja. 
Como Oswaldo com sua flauta encantada, 
 A melodia que nunca acaba, 
 Somos notas na mesma canção, 
 Intimidade, nossa oração.

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