Desalinho muros e sentimentos.
Contrario a lei da gravidade e,
Deixo palavras flutuando ao vento!
Quebro a barreira do tempo.
Eu sou a mão, não sou em vão!
Recolho os ecos do impossível,
Reescrevo o tempo com tintas do avesso,
E pinto a memória num traço indizível.
Eu sou a mão, não sou em vão!
As sílabas fogem da lógica exata,
Dançam no abismo de um verso incerto.
Transformo o verbo em vórtice e vento,
Desobedeço o dicionário, liberto.
Eu sou a mão!
Nenhuma métrica me segura,
Nenhuma regra dita meu fim.
Sou ruído, sussurro e ruptura
A poesia indomada que mora em mim.
Eu sou a mão, não sou em vão!
Sou sopro de ar no mundo sufocado,
Sou pesadelo e sonho represado!
A desculpa sem perdão,
A aterrisagem sem chão!
Sou o pão!
Não sou em vão!
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