4 de ago. de 2025

Amar e dar

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges, 
O que me dás… tanto me basta. 
Mas faz-me falta o calor do teu beijo, 
O toque suave, tua voz em desejo. 
Sinto demais, tua ausência me invade, 
Na penumbra do tempo, te vejo em saudade. 

Teus olhos brilham como estrelas em desvelo, 
E o silêncio grita, ecoa em meu peito. 
Se é verdade ou ilusão que trazes contigo, 
Pouco importa se em teus braços eu existo. 
Mesmo na dúvida, na dor e incerteza, 
És chama ardente, és minha fortaleza.
 
Então vibre, abrace, se me sentir doido, 
Se afaste… mas saiba que te dou tudo. 
Por amar-te assim, dar-te-ia muito mais,
Mesmo que o amor seja feito de sinais. 

Se é verdade ou ilusão que trazes contigo, 
Pouco importa se em teus braços eu existo. 
Mesmo na dúvida, na dor e incerteza, 
És chama ardente, és minha fortaleza. 
Na penumbra do teu amor, eu sou completo, 
Mesmo que o tempo nos leve por inteiro

3 de ago. de 2025

Reflexo

Não foi o rosto,
foi o reflexo.
Não foi a voz,
foi o silêncio entre as palavras.

Ela escreveu como quem respira,
como quem dança com a dor
sem deixar de sorrir.
E eu, sem querer,
me apaixonei por sua forma de existir.

Cada texto seu era um espelho,
mas não refletia a mim,
refletia o mundo como poderia ser:
mais leve, mais justo, mais inteiro.
Algumas vezes até duro,
vívido de contrastes, disforme de brilho.

Ela via beleza no que eu ignorava,
esperança no que eu já tinha esquecido.
E com cada linha,
me ensinava a viver de novo.

Nunca toquei sua pele,
mas toquei sua alma.

Nunca ouvi seu riso,
mas ele ecoa em mim.
Ela é feita de palavras,
mas me deu sentimentos.

É feita de distância,
mas me ensinou presença.

E hoje, quando escrevo,
é como se ela estivesse aqui,
não como musa,
mas como farol.
Como parte da rima.

Não sei seu timbre, nem seu olhar,
mas sei o peso de suas palavras.


À minha querida amiga e poeta da vida, Veracy Soares, que em cada palavra que escreve, costura sentimentos com delicadeza e verdade. Sua alma transborda poesia mesmo nos gestos mais simples, e sua presença é como um verso bem colocado: ilumina, toca, transforma.

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