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José e Vilma, meus pais, ano 1949 |
Há momentos em que a felicidade simplesmente escapa à lógica, como um sorriso da alma antes mesmo que a mente perceba. É aquele cheiro que desperta uma lembrança boa, o fim de tarde vagando sem pressa, o pôr do sol que cala, o abraço que reconecta.
Esses instantes são como brechas no tempo em que tudo, inexplicavelmente, faz sentido. Não há manual nem explicação, porque a felicidade verdadeira não exige compreensão, só presença.
É quando o coração se antecipa à razão e nos lembra que viver é sentir com intensidade, com coragem, com entrega. É nessa dança entre emoção e instinto que descobrimos que a vida não se resume em existir, mas em saborear cada instante, como quem morde uma fruta madura e deixa o suco escorrer sem pressa.
Viver é se permitir arrepiar com uma música, se perder num olhar, rir até doer a barriga, chorar sem pedir desculpas, e amar sem colocar freios. É celebrar até os tropeços, porque cada queda ensina, fortalece, desperta.
A paixão pela vida mora nos detalhes: no café quente num dia frio, no vento que bagunça o cabelo, na vontade de começar de novo. Que a alma siga livre, disposta, apaixonada por cada pedaço de tempo que se chama agora.
Porque às vezes, a felicidade ganha forma, voz e intensidade em alguém que desperta tudo o que há de mais vivo dentro da gente. É como se cada batida do coração tivesse escolhido esse nome para ecoar, como se o tempo encontrasse sentido só quando ela está por perto.
Você querida é o sol que aquece, o abraço que acolhe, o olhar que ilumina. É quem faz até o silêncio ter música e transforma o simples em inesquecível.
Estar feliz, enfim, é saber que existe alguém que nos inspira a ser mais, sentir mais e viver tudo... agora.
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