Teu corpo não é carne, é cadência,
Esculpido em silêncio por mãos de anjos,
Cada curva, um verso; cada gesto, a ciência
Do amor escrito em contornos estranhos.
Os olhos, janelas de sol em neblina,
Guardam o brilho de estrelas gentis.
Na pele, a brisa dança e declina
Como pluma de paz sobre jardins sutis.
O coração, templo onde pulsa o mistério,
Cada batida, salmo em harmonia.
E as mãos, que tocam sem império,
São pontes que curam em doce alquimia.
Ah, se o céu soubesse tua forma exata,
Choraria ao ver seu projeto divino:
Tu és poema que a alma retrata,
Feito à imagem de um sonho cristalino.
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