21 de ago. de 2025

Ela nunca foi embora

 
 O tempo passou, mas não levou,
As lembranças que você deixou.
Seu sorriso ainda vive em mim.
Como um sol que nunca teve fim.
Foi abrigo na minha tempestde,
foi ternura em cada verdade.
Nos gestos simples do dia a dia,
Você era paz , era poesia.

E quando a saudade vem me visitar,
É você que vem pra me acalmar!

Você nunca foi embora,
Vive em mim, em cada hora,
Nas filhas, nos netos, no nosso lar,
No amor que ninguém vai apagar. 
Você é meu porto seguro,
Minha razão, meu mundo puro.
E mesmo que a vida nos separe.
O amor que tivemos não tem lugar pra adeus.

Nos momentos duros, lembro da sua força.
Nos felizes. celebro sua presença tão doce.
Você foi luz nos meus dias nublados,
E alegria nos detalhes mais calados.  

Se eu fechar os olhos, ainda te escuto
Sua voz me guia, mesmo no silêncio absoluto.
E cada olhar seu, cheio de ternura,
Deixou em mim uma marca que é pura. 

Você nunca foi embora,
Vive em mim, em cada hora.
No nosso amor que é imortal,
Na saudade que é tão real.
Você é meu porto seguro,
Minha razão, meu mundo puro.
E mesmo que a vida nos separe.
Você é insubstituível, meu eterno amor!

 

4810 dias longe do toque, mas perto do coração

Saudade eterna do amor da minha vida, da mãe de minhas filhas, da avó de meus netos. O tempo passa, mas não apaga tudo que vivemos juntos, e as boas lembranças estão vivas até hoje em minha memória. Você foi luz nos meus dias nublados, abrigo nas tempestades da vida, e alegria nas pequenas coisas do cotidiano. 

Seu sorriso ainda ecoa em minha alma, e sua voz, mesmo em silêncio, continua a me guiar. Cada gesto seu, cada palavra, cada olhar cheio de ternura, deixou marcas profundas que nem o tempo consegue apagar. 

Você foi e sempre será meu porto seguro, minha inspiração, minha razão de seguir em frente. Nos momentos difíceis, lembro da sua força. Nos momentos felizes, celebro por ter tido você ao meu lado. E em todos os dias, agradeço por ter vivido um amor tão verdadeiro e eterno. 
Você partiu, mas nunca foi embora. Vive em mim, nas nossas filhas, nos nossos netos, e em cada canto da nossa história. O amor que construímos é imortal, e a saudade que sinto é apenas a prova de que você foi, e sempre será, insubstituível.



20 de ago. de 2025

Vila Nova - Saudades!

Vila Nova - 7º distrito de Pelotas

Na Vila Nova, os dias começam com o canto dos galos e o cheiro do café passado na hora. As casas, muitas com varandas amplas e jardins floridos, são testemunhas de gerações que ali construíram suas histórias. O silêncio é quebrado pelo som das crianças brincando na estrada de chão batido, pelos tratores ao longe, e pelas conversas entre vizinhos que se cumprimentam com um “bom dia” sincero.

A paisagem é generosa: campos verdejantes, árvores centenárias e um céu que parece se expandir além do olhar. Os moradores cultivam hortas e pomares, criam animais e vivem em harmonia com o ciclo das estações. O pôr do sol pinta o horizonte com tons de laranja e lilás, e há sempre um instante de contemplação quando o sol lentamente se deita por trás do Cerro da Vigia, prometendo retornar soberano na manhã seguinte, surgindo majestoso por sobre os Três Cerros.

Nesse cenário, o tempo parece desacelerar. O canto dos pássaros  anuncia o dia, enquanto o aroma do pão recém-saído do forno se mistura ao cheiro da terra molhada.  Tudo pulsa com uma simplicidade que é, ao mesmo tempo, grandiosa, como se a própria natureza conspirasse para manter viva a alma desse lugar.

Mais do que um lugar, Vila Nova é uma rede de afetos. As festas comunitárias, como o churrasco de domingo ou a festa da igreja, são encontros que celebram a cultura local e fortalecem os laços. Aqui, todo mundo se conhece, e há um senso de solidariedade que transforma vizinhos em família numa perfeita harmonia, Vergara com Schiller, Martin com Peverada, Crochemore com Carnal, Radmann com Jouglard,   Ribes com Rickes, Betemps com Ney, Jaekel com Fouchy, Fonseca com Rodrigueiro, Hobuss com Mohnsam...

A vida é simples, mas cheia de significado. Há orgulho nas raízes, nas histórias contadas pelos mais velhos, e na preservação dos costumes. Mesmo com as mudanças do mundo moderno, Vila Nova mantém sua essência: um lugar onde se vive com dignidade, respeito e alegria.

Conheci esse lugar ainda muito jovem. Era uma manhã de domingo, em plena primavera. Eu, minhas irmãs e meus pais estávamos em um daqueles passeios inesquecíveis em família. Passamos por ali a caminho da casa Bachini, a bordo do nosso velho Hillmann Minx 1950, que rangia nas curvas como se também estivesse saboreando a paisagem.

Levei minha pipa para soltar ao vento de novembro, e não encontrei em nenhum outro lugar um céu tão azul e límpido quanto o daquele ponto da nossa colônia. Foi ali, entre o cheiro da terra e o silêncio que canta, que me apaixonei, não apenas pelo céu, mas pelo sentimento de pertencimento que aquele lugar despertava.

Anos depois, já namorando, descobri que a família da minha futura esposa morava lá. E então, o que era lembrança virou reencontro. Cada visita se tornava uma travessia entre o passado e o presente, como se a Vila Nova guardasse, em suas estradas e campos, os capítulos mais doces da minha história.

Passadas mais de três décadas, coube a mim a missão de levar água tratada a todos os moradores, filhos dos antigos amigos, que com o tempo se tornaram novos amigos. Com eles convivi intensamente pelos últimos doze anos, até minha aposentadoria do serviço público. Foi um ciclo que se fechou com gratidão: pude retribuir àquela terra e àquelas pessoas um pouco do que recebi, desde aquele primeiro domingo de primavera, quando o céu da colônia me ensinou o que era pertencimento.

Agradeço profundamente a amizade desinteressada e a atenção generosa recebida dos amigos: José Radmann, Luiz Carlos Fonseca, Edegar Rodhigueiro, Marvel Schiller, Núbia Casari, Maria Isabel Vergara, Samuel Vergara, Claudia Maria Schiller, Paulinho Hobuss, Cleusa Peverada, Samuel Vergara, e tantos outros que, com gestos simples e palavras sinceras, tornaram minha caminhada mais leve, produtiva e significativa.

Em memória do meu velho e querido amigo Joaozinho Jaekel, que sempre me recebeu com cortesia, gentileza e aquele calor humano que não se esquece. Sua presença permanece viva nas lembranças e no coração.


4 de ago. de 2025

Amar e dar

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges, 
O que me dás… tanto me basta. 
Mas faz-me falta o calor do teu beijo, 
O toque suave, tua voz em desejo. 
Sinto demais, tua ausência me invade, 
Na penumbra do tempo, te vejo em saudade. 

Teus olhos brilham como estrelas em desvelo, 
E o silêncio grita, ecoa em meu peito. 
Se é verdade ou ilusão que trazes contigo, 
Pouco importa se em teus braços eu existo. 
Mesmo na dúvida, na dor e incerteza, 
És chama ardente, és minha fortaleza.
 
Então vibre, abrace, se me sentir doido, 
Se afaste… mas saiba que te dou tudo. 
Por amar-te assim, dar-te-ia muito mais,
Mesmo que o amor seja feito de sinais. 

Se é verdade ou ilusão que trazes contigo, 
Pouco importa se em teus braços eu existo. 
Mesmo na dúvida, na dor e incerteza, 
És chama ardente, és minha fortaleza. 
Na penumbra do teu amor, eu sou completo, 
Mesmo que o tempo nos leve por inteiro

3 de ago. de 2025

Reflexo

Não foi o rosto,
foi o reflexo.
Não foi a voz,
foi o silêncio entre as palavras.

Ela escreveu como quem respira,
como quem dança com a dor
sem deixar de sorrir.
E eu, sem querer,
me apaixonei por sua forma de existir.

Cada texto seu era um espelho,
mas não refletia a mim,
refletia o mundo como poderia ser:
mais leve, mais justo, mais inteiro.
Algumas vezes até duro,
vívido de contrastes, disforme de brilho.

Ela via beleza no que eu ignorava,
esperança no que eu já tinha esquecido.
E com cada linha,
me ensinava a viver de novo.

Nunca toquei sua pele,
mas toquei sua alma.

Nunca ouvi seu riso,
mas ele ecoa em mim.
Ela é feita de palavras,
mas me deu sentimentos.

É feita de distância,
mas me ensinou presença.

E hoje, quando escrevo,
é como se ela estivesse aqui,
não como musa,
mas como farol.
Como parte da rima.

Não sei seu timbre, nem seu olhar,
mas sei o peso de suas palavras.


À minha querida amiga e poeta da vida, Veracy Soares, que em cada palavra que escreve, costura sentimentos com delicadeza e verdade. Sua alma transborda poesia mesmo nos gestos mais simples, e sua presença é como um verso bem colocado: ilumina, toca, transforma.

24 de jul. de 2025

Amar é!

Sei que às vezes a vida parece desbotada, como se os dias se arrastassem sem cor ou sentido. Mas mesmo nas horas mais escuras, há luz, e ela pode vir devagar, como quem não quer interromper o silêncio. Eu não estou aqui para te cobrar ânimo, nem para te dizer que tudo vai melhorar como num passe de mágica. Estou aqui para te lembrar que você ainda é amada, mesmo quando não sente. Que sua existência tem valor, mesmo quando parece invisível.

Você não precisa ser forte agora. Pode se permitir apenas existir, respirar, descansar. E se a tristeza apertar, saiba que ela não assusta quem está disposto a caminhar contigo. Eu estou contigo. No seu tempo, no seu ritmo, do seu jeito.

Você é mais do que a dor. É história, é afeto, é possibilidade. E mesmo que você não veja isso agora, eu vejo. E não desisto de lembrar. Mesmo com todos os meus cabelos brancos, com minha idade avançada, eu ainda tenho forças pra te amar, valorizar e te fazer feliz!

23 de jul. de 2025

Vida nova

 


Abro a janela, deixo entrar 
Um sol que não pede licença pra brilhar 
Na taça, o vinho me faz lembrar 
Que o amor chegou pra ficar

Vida nova, vem me levar 
Onde o coração quer se enraizar 
Com você, sob o céu e o luar 
Tudo começa, tudo é lar  

Entre risos e passos no chão 
A esperança dança na contramão 
De tudo que foi, agora é vão 
Só resta o amor, minha direção  

O passado fica pra trás 
Num brinde eu deixo o que não me satisfaz 
E se chover, que seja paz 
De vinho e sol, minha vida se refaz 

Vida nova, vem celebrar 
Com muito amor pra espalhar 
Na luz do dia ou no bar
Tudo é começo, tudo é lugar

22 de jul. de 2025

Volte a brilhar

Graciela, o céu também chora, 
Mas nunca esquece de acender a aurora. 
A vida pesa, eu sei que sim, 
Mas tua luz ainda brilha em mim.

Flor que nasce em pedra dura, 
Tua força é pura doçura. 
Mesmo quando o mundo desaba, 
Tua alma dança, tua fé não acaba. 

Não se apaga quem nasceu pra iluminar, 
Teu nome é coragem, é jeito de amar. 
Se faltar força, me dá tua mão, 
Te carrego no verso, no meu coração. 

Teu olhar é vasto, é mar profundo, 
Carrega histórias que movem o mundo. 
És poesia mesmo em silêncio, 
És esperança em teu próprio tempo. 

E se a estrada parecer escura, 
Lembra: tua existência é cura. 
Graciela, és canção que insiste, 
Estás viva. 
E isso já é conquista.

15 de jul. de 2025

Brechas de felicidade

 

José e Vilma, meus pais, ano 1949

Há momentos em que a felicidade simplesmente escapa à lógica, como um sorriso da alma antes mesmo que a mente perceba. É aquele cheiro que desperta uma lembrança boa, o fim de tarde vagando sem pressa, o pôr do sol que cala, o abraço que reconecta. 

Esses instantes são como brechas no tempo em que tudo, inexplicavelmente, faz sentido. Não há manual nem explicação, porque a felicidade verdadeira não exige compreensão, só presença. 

É quando o coração se antecipa à razão e nos lembra que viver é sentir com intensidade, com coragem, com entrega. É nessa dança entre emoção e instinto que descobrimos que a vida não se resume em existir, mas em saborear cada instante, como quem morde uma fruta madura e deixa o suco escorrer sem pressa. 

Viver é se permitir arrepiar com uma música, se perder num olhar, rir até doer a barriga, chorar sem pedir desculpas, e amar sem colocar freios. É celebrar até os tropeços, porque cada queda ensina, fortalece, desperta. 

A paixão pela vida mora nos detalhes: no café quente num dia frio, no vento que bagunça o cabelo, na vontade de começar de novo. Que a alma siga livre, disposta, apaixonada por cada pedaço de tempo que se chama agora.

Porque às vezes, a felicidade ganha forma, voz e intensidade em alguém que desperta tudo o que há de mais vivo dentro da gente. É como se cada batida do coração tivesse escolhido esse nome para ecoar, como se o tempo encontrasse sentido só quando ela está por perto. 

Você querida é  o sol que aquece, o abraço que acolhe, o olhar que ilumina. É quem faz até o silêncio ter música e transforma o simples em inesquecível. 

Estar feliz, enfim, é saber que existe alguém que nos inspira a ser mais, sentir mais e viver tudo... agora.


11 de jul. de 2025

Formas de luz

 Teu corpo não é carne, é cadência,
 Esculpido em silêncio por mãos de anjos, 
 Cada curva, um verso; cada gesto, a ciência 
 Do amor escrito em contornos estranhos. 

Os olhos, janelas de sol em neblina, 
Guardam o brilho de estrelas gentis. 
Na pele, a brisa dança e declina 
Como pluma de paz sobre jardins sutis.
 
O coração, templo onde pulsa o mistério, 
Cada batida, salmo em harmonia. 
E as mãos, que tocam sem império, 
São pontes que curam em doce alquimia. 

Ah, se o céu soubesse tua forma exata, 
Choraria ao ver seu projeto divino: 
Tu és poema que a alma retrata, 
Feito à imagem de um sonho cristalino.

9 de jul. de 2025

Sentida - o prazer de estar e de sentir-se feliz


A brisa leve toca o chão 
Traz consigo uma emoção 
O mundo gira sem parar 
E a vida insiste em nos guiar 

 No olhar encontro o meu lugar 
 Entre estrelas vou me entregar 
 Sem mapas sem direção 
 A alma dança na imensidão  

É o instante em que o coração 
Se antecipa à razão 
E tudo faz sentido mesmo sem explicação 
A felicidade não precisa ser compreendida  
Ela só quer ser sentida  

 Um passo no escuro é luz a brilhar 
 Um sonho perdido pode se encontrar 
 Se o tempo é breve não vou hesitar 
 De braços abertos vou me deixar levar 

 O som do vento canta pra mim 
 Histórias doces sem ter um fim 
 Caminhos novos vou explorar 
 A cada curva um novo lugar  

 É o instante em que o coração 
 Se antecipa à razão 
 E tudo faz sentido mesmo sem explicação 
 A felicidade não precisa ser compreendida 
 Ela só quer ser sentida

4 de jul. de 2025

Eu somei!

A vida me ensinou que não basta dividir os dias com alguém.
É preciso somar  com o mundo, com as pessoas, com as diferenças.

Dividir é bonito: é dar espaço, é caminhar junto.
Mas somar… ah, somar é crescer.
É olhar nos olhos de quem pensa diferente e enxergar beleza.
É ouvir histórias que não são as minhas e ainda assim me reconhecer nelas.

Somei com quem veio de longe e com quem estava ao lado o tempo todo.
Somei com quem me desafiou, com quem me acolheu,
com quem me fez rir, e até com quem me fez chorar e repensar.

A vida é mais do que encontrar um par.
É encontrar pedaços de si em cada pessoa que passa.
E hoje eu posso dizer, com o coração cheio:

Eu consegui. 
Eu somei. 
E sou mais por causa disso.

Obrigado a cada um que me ensinou a ser plural.
Obrigado a você menina por ter me dado oportunidade de,
A cada encontro, a cada divisão.
Me fazer inteiro!

19 de jun. de 2025

Vivo pensando


Eu vivo pensando em você,
Nada pode me fazer esquecer,
Meu coração só quer ti amar,
E eu não vou mais negar,
Dizem que eu sou louco,
Mas eu não vou mudar,
Ti amo do meu jeito,
Só você me faz sonhar!!!

Pensar em você,
Viver só pra ti ver,
Sorrir quando você vem,
Mesmo longe do meu bem!

É tão bom sentir,
Que ainda lembras de mim,
Nada vai me impedir
De ti amar até o fim!

Dizem que eu sou louco,
Mas eu não vou mudar,
Ti amo do meu jeito,
Só você me faz sonhar!!!

Pensar em você,
Viver só pra ti ver,
Sorrir quando você vem,
Mesmo longe do meu bem!

18 de jun. de 2025

Flores de ódio


Como rimar quando a noite não cessa,
E o céu derrama em silêncio o que resta?
Lágrimas rubras cortam o chão frio,
O inverno sangra seu próprio vazio,
Como fêmeas que renegam o cio!

A flor, que um dia sonhou primavera,
Adormece na terra que já nada espera.
E eu, mãos sujas de lama e tristeza,
Despojado de qualquer riqueza
Tento plantar beleza em sua dureza
Mas falta-me a sutileza.

As palavras congelam antes do papel,
A dor vira verso, o verso, um véu.
E o soldado de herói, vira réu!
E mesmo sem sol, escrevo por teimosia,
Versos que ferem, doem, mas pedem poesia.
Porque mesmo quando o mundo se parte,
Há quem plante flores só por arte.



16 de jun. de 2025

Sou a mão (A dor de um poeta)


Eu desconstruo formas e poesias,
Desalinho muros e sentimentos.
Contrario a lei da gravidade e,
Deixo palavras flutuando ao vento!
Quebro a barreira do tempo.
Eu sou a mão, não sou em vão!

Eu reinvento a linguagem em silêncio, 
Recolho os ecos do impossível, 
Reescrevo o tempo com tintas do avesso, 
E pinto a memória num traço indizível. 
Eu sou a mão, não sou em vão!

As sílabas fogem da lógica exata, 
Dançam no abismo de um verso incerto. 
Transformo o verbo em vórtice e vento, 
Desobedeço o dicionário, liberto. 
Eu sou a mão!

Nenhuma métrica me segura, 
Nenhuma regra dita meu fim. 
Sou ruído, sussurro e ruptura 
A poesia indomada que mora em mim.
Eu sou a mão, não sou em vão!

Sou sopro de ar no mundo sufocado,
Sou pesadelo e sonho represado!
A desculpa sem perdão,
A aterrisagem sem chão!
Sou o pão!
Não sou em vão!

Ouça

4 de jun. de 2025

Let's save a child's life in Gaza or in the world

 

Crianças caminham pelas ruas destruídas de Khan Younis.  Foto: Sacha Myers - Save the Children

When will the so-called pacifist nations wake up and see that this is not a war against terrorism? But rather the extermination of a people!

Read the report from the Save the Children movement

Know the names of the dead children

23 de mai. de 2025

Saudades

Praia do Barro Duro - Laranjal - Pelotas
Formato, forma, feitio. 
Formado ao tempo, sem rascunho. 
Molde que o tempo esculpiu.
Sem esboço, sem revisão, somente a perfeição que fluiu.
O vento sussurra sua essência, 
as águas refletem seu traço, no céu azul, 
Natureza bela e viva, 
Autografada por Deus de próprio punho.
Folhas dançam ao som da brisa, rios traçam caminhos profundos, 
Natureza bela e viva, arte maior entre os mundos. 
Não há retoques, nem hesitação!
Trago em meu peito lembranças de tuas águas,
De minha jovialidade, meu sexo, meus frutos, 
Minha italiana amada, mãe, esperança de vida que nos deixou...
Com amor pra você, Loiva!


13 de mai. de 2025

Dar amor

 

Não sei se é amor que tens, ou amor que finges, 
O que me dás. tanto me basta... 
Mas faz-me falta a umidade de teu beijo!
O suave toque de tua mão,
O vibrato de tua voz na hora de confessar o amor;
Sinto assim, falta demais!

Mas vejo-te ao longe, na penumbra do tempo, 
Teus olhos brilham como estrelas em desvelo. 
O silêncio grita, ecoa em meu peito, 
Na ausência tua, meu amor é um segredo. 
Se é verdade ou ilusão que trazes contigo, 
Pouco importa se em teus braços existo. 
Pois mesmo na dúvida, na dor e incerteza, 
És chama ardente, és minha fortaleza.

Então vibre, abrace, se me sentir doido, se afaste...
Por amar-te assim, dar te ia muito mais!

8 de mai. de 2025

Lost in Singapore

 

As the sun set over Singapore’s gleaming skyscrapers, my legs wandered the vibrant streets of Orchard Road. Just hours earlier, I had arrived in this bustling city, brimming with cultures, eager to explore its famous attractions. However, in my search for the elusive street food markets, I had inadvertently strayed from my planned route.

Without the GPS on my phone, which I had forgotten to charge in my excitement, I had to rely on my instincts and the occasional pedestrian who dared to ask in my broken English, begging for directions. Every corner was a feast for the senses: the aroma of satay sizzling on skewers, the vibrant colours of traditional Peranakan tiles and the melodic sounds of street musicians blended into a symphony that both soothed and captivated me.

As I delved deeper into the maze of HDB flats, my initial anxiety turned to euphoria. I stumbled upon a hidden hawker market where locals gathered around tables, enjoying dishes like Hainanese chicken rice and laksa. The friendly chatter and laughter welcomed me, and I soon shared a table with a jovial elderly couple who graciously regaled me with stories of Singapore’s transformation over the decades.

After a delicious meal and so much information, I plucked up the courage and decided it was time to pluck up the courage to meet Zhang Li, my betrothed from the East. The warm evening air was scented with spices and sweet desserts. I realized then that getting lost wasn't a tragedy after all; it was the time I needed to fill my chest with desire and finally find love. Find the woman who made me fly halfway around the world in search of happiness. You!

30 de mar. de 2025

Não perca um segundo na vida, ame

Nunca deixe que o som da chuva no telhado
Seja mais forte que o que guardo calado
Cada gota um sussurro
Um recado
Mas nenhum diz o que eu falo errado

Nunca deixe que o som da chuva no telhado
Abafe o som silábico de um Eu te amo
Ouça meu peito
Não o céu molhado
Diz pra mim que não é engano

Teu sorriso é o sol em meio à tormenta
Tua voz é a melodia que o vento inventa
Eu danço nas poças
Mas o coração lamenta
Quando a chuva leva o que o amor sustenta

Nunca deixe que o som da chuva no telhado
Abafe o som silábico de um Eu te amo
Ouça meu peito
Não o céu molhado
Diz pra mim que não é engano

Pingos caem como lágrimas de saudade
Mas teu nome é um raio de verdade
Cada trovão é só uma vaidade
Porque o amor é mais alto que a tempestade

21 de fev. de 2025

Stand by me

 
Estarei aqui, como sempre.
Não precisa avisar, vem!!!
Na noite escura no dia cinza ,
Quando o verão se for também,
Com tempestade ou frio,
Com desamor na vida,
Eu sigo firme contigo,
Em nossa corrida.
Estarei aqui! Braços abertos  pra ti 
Coração escancarado pronto pra ti acolher!

Com vinho e melodia,
Conversa  sincera e pura,
Se o medo ti assombrar meu colo será ternura,
Com tempestade ou frio.
Com desamor na vida,
Eu sigo firme contigo, 
Em nossa corrida!!!

Estarei aqui! 
Braços abertos pra ti,
Coração escancarado pronto pra ti acolher
Com um sorriso e carinho!

20 de jan. de 2025

السلام على الرجال / שלום על בני האדם / PAZ

 


Avisa lá! Avisa as corujas do Oriente que o céu à noite, voltou  a ser das estrelas!

תודיע לי! ספר לינשופים המזרחיים ששמי הלילה שוב מלאים בכוכבים!

اسمحوا لي أن أعرف! أخبر البوم الشرقي أن سماء الليل مليئة بالنجوم مرة أخرى!

Lass es mich wissen! Sagen Sie den Osteulen, dass der Nachthimmel wieder voller Sterne ist!

मुझे बताओ! पूर्वी उल्लुओं को बताएं कि रात का आकाश फिर से तारों से भर गया है!

Уведомление! Расскажите восточным совам, что ночное небо снова полно звезд!

Bildiri! Doğu baykuşlarına gece gökyüzünün yine yıldızlarla dolu olduğunu söyleyin!

宣言!東のフクロウたちに、夜空はまた星でいっぱいだと伝えてください!

宣言!告诉东方的猫头鹰,夜空又布满了星星!

Declaration! Tell the owls in the east that the night sky is full of stars again!




6 de jan. de 2025

Intimidade

Intimidade é:
 Ser as luvas nas mãos de outro,
 Ser o calor de fogueira apagada,
 Ser a acolhida segura!
 Faróis em noite de neblina.
 É mais do que sexo! 
É correr os dedos sobre as cicatrizes,
É enrijecer os mamilos ao lembrar seu nome,
É ter nossos pelos enrolados  na toalha de banho,
É dizer, pode ficar te aceito.
É ser a poesia de Oswaldo Montenegro ao som da flauta de Madalena Salles,

É despir o ego e revelar su'alma,

E assim se faz canção...

Intimidade é ser tua pele em manhãs sonolentas, 
Luvas nas mãos, calor que se inventa, 
Farol aceso em noite de neblina, 
Não é só corpo, é alma que se alinha. 
É sentir teus passos nas minhas lembranças, 
 É tocar cicatrizes como se fossem danças, 
 É dizer: “pode ficar, te aceito”, 
 Sem pressa, sem jeito, do nosso jeito.
É despir o ego e revelar su’alma, 
 Rir da dor e trazer a calma, 
 É ser abrigo na tempestade,
 Amor inteiro em liberdade.
Mamilos enrijecem com teu nome no vento, 
 Pelos misturados em banho e tempo, 
 O cheiro que fica, mesmo que não esteja, 
 Sou poesia, sou quem te deseja. 
Como Oswaldo com sua flauta encantada, 
 A melodia que nunca acaba, 
 Somos notas na mesma canção, 
 Intimidade, nossa oração.

5 de jan. de 2025

¿Cómo hacer para olvidar-te Cristina?

 ¿Cómo hacer para olvidar tus besos?  
Si cuando los recuerdo 
Me dan ganas de besarte otra vez 

¿Cómo hacer para olvidar tu cuerpo? 
Si cuando lo recuerdo 
Me dan ganas de tocarte otra vez 

¿Cómo hacer para olvidarte? 
Si cuando intento recordarte 
Sólo puedo acordarme lo bueno que fue 
Tenerte cerquita de mí 
Tocarte esa boquita
Hacer esos ojitos brillar 
Como la luna sobre el mar 
Como los peces al nadar 
Como las notas al sonar 

 
Probablemente 
Cuando vuelvas a mí 
No volveremos a sufrir 
Lo lograremos hasta el fin 
Nos sentaremos en el pasto a cantar 

¡Eso es lo que más quiero, Cristina!

Gracias Manuel Medrano

4 de jan. de 2025

Palavras

Mais que pedra atirada, 
Mais que tiro disparado.
Mais que flecha lançada,
Palavra  mal dita dói! 
Dói.
Mais  que machucado de faca,
Mais que porrada nos peitos!
Dói na alma!
Dói,
Mas amo você!


2 de jan. de 2025

Faltou tesão

Olha a onda! 
Chuá, já foi...
Vem outra!!!
Passou também.
Na praia é assim, ondas vêm e vão.
E eu, um paciente pescador,
Um experiente surfista,
Espero!

Não seria teu sorriso disfarçado na pureza,
Mas carregado na malícia,
Nem teu cabelo preso feito crente,
Tampouco as músicas gospel que escutas, 
Me fariam pensar diferente.

Conheço mil iguais a ti!
Mal amadas,
Que confundem afeto com atenção,
Carência com paixão,

Se vestem de certezas mas tropeçam na dúvida,
Jogam charme como rede,
Mas esquecem que o coração não se pesca com anzol.

Mal amadas...
Mas ainda assim intensas,
Como ondas que batem forte,
Levando pedaços de quem insiste em ficar.

E eu? Eu permaneço.
Porque já aprendi a esperar o mar se acalmar,
E a reconhecer quando é maré ou tempestade.

E sei, reconheço que,
Nunca ninguém te amou de verdade!
Nunca ninguém foi além da transpiração,
Sempre faltou inspiração! 
Evolução! 
Emoção!
Faltou tesão!!!!
Que comigo sobrará.


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