21 de ago. de 2025
Ela nunca foi embora
4810 dias longe do toque, mas perto do coração
20 de ago. de 2025
Vila Nova - Saudades!
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Vila Nova - 7º distrito de Pelotas |
Na Vila Nova, os dias começam com o canto dos galos e o
cheiro do café passado na hora. As casas, muitas com varandas amplas e jardins
floridos, são testemunhas de gerações que ali construíram suas histórias. O
silêncio é quebrado pelo som das crianças brincando na estrada de chão batido,
pelos tratores ao longe, e pelas conversas entre vizinhos que se cumprimentam
com um “bom dia” sincero.
A paisagem é generosa: campos
verdejantes, árvores centenárias e um céu que parece se expandir além do olhar.
Os moradores cultivam hortas e pomares, criam animais e vivem em harmonia com o
ciclo das estações. O pôr do sol pinta o horizonte com tons de laranja e lilás,
e há sempre um instante de contemplação quando o sol lentamente se deita por
trás do Cerro da Vigia, prometendo retornar soberano na manhã seguinte,
surgindo majestoso por sobre os Três Cerros.
Nesse cenário, o tempo parece
desacelerar. O canto dos pássaros anuncia o dia, enquanto o aroma do pão
recém-saído do forno se mistura ao cheiro da terra molhada. Tudo pulsa com uma simplicidade que
é, ao mesmo tempo, grandiosa, como se a própria natureza conspirasse para
manter viva a alma desse lugar.
Mais do que um lugar, Vila Nova é uma rede de afetos. As
festas comunitárias, como o churrasco de domingo ou a festa da igreja, são
encontros que celebram a cultura local e fortalecem os laços. Aqui, todo mundo
se conhece, e há um senso de solidariedade que transforma vizinhos em família numa
perfeita harmonia, Vergara com Schiller, Martin com Peverada, Crochemore com
Carnal, Radmann com Jouglard, Ribes com Rickes, Betemps com Ney, Jaekel com Fouchy, Fonseca com Rodrigueiro, Hobuss com Mohnsam...
A vida é simples, mas cheia de significado. Há orgulho nas
raízes, nas histórias contadas pelos mais velhos, e na preservação dos
costumes. Mesmo com as mudanças do mundo moderno, Vila Nova mantém sua
essência: um lugar onde se vive com dignidade, respeito e alegria.
Conheci esse lugar ainda muito jovem. Era uma manhã de
domingo, em plena primavera. Eu, minhas irmãs e meus pais estávamos em um
daqueles passeios inesquecíveis em família. Passamos por ali a caminho da casa
Bachini, a bordo do nosso velho Hillmann Minx 1950, que rangia nas curvas como
se também estivesse saboreando a paisagem.
Levei minha pipa para soltar ao vento de novembro, e não
encontrei em nenhum outro lugar um céu tão azul e límpido quanto o daquele ponto da nossa colônia. Foi ali, entre o cheiro da terra e o silêncio que canta, que me
apaixonei, não apenas pelo céu, mas pelo sentimento de pertencimento que aquele
lugar despertava.
Anos depois, já namorando, descobri que a família da minha futura esposa morava lá. E então, o que era lembrança virou reencontro. Cada visita se
tornava uma travessia entre o passado e o presente, como se a Vila Nova
guardasse, em suas estradas e campos, os capítulos mais doces da minha
história.
Passadas mais de três décadas, coube a mim a missão de levar
água tratada a todos os moradores, filhos dos antigos amigos, que com o tempo
se tornaram novos amigos. Com eles convivi intensamente pelos últimos doze anos, até minha aposentadoria do serviço público. Foi um ciclo que se fechou
com gratidão: pude retribuir àquela terra e àquelas pessoas um pouco do que
recebi, desde aquele primeiro domingo de primavera, quando o céu da colônia me
ensinou o que era pertencimento.
Agradeço profundamente a amizade
desinteressada e a atenção generosa recebida dos amigos: José Radmann, Luiz
Carlos Fonseca, Edegar Rodhigueiro, Marvel Schiller, Núbia Casari, Maria Isabel
Vergara, Samuel Vergara, Claudia Maria Schiller, Paulinho Hobuss, Cleusa
Peverada, Samuel Vergara, e tantos outros que, com gestos simples e palavras
sinceras, tornaram minha caminhada mais leve, produtiva e significativa.
Em memória do meu velho e querido
amigo Joaozinho Jaekel, que sempre me recebeu com cortesia, gentileza e aquele
calor humano que não se esquece. Sua presença permanece viva nas lembranças e
no coração.
4 de ago. de 2025
Amar e dar
3 de ago. de 2025
Reflexo
Ela escreveu como quem respira,
como quem dança com a dor
sem deixar de sorrir.
E eu, sem querer,
me apaixonei por sua forma de existir.
Nunca toquei sua pele,
mas toquei sua alma.
24 de jul. de 2025
Amar é!
Sei que às vezes a vida parece desbotada, como se os dias se arrastassem sem cor ou sentido. Mas mesmo nas horas mais escuras, há luz, e ela pode vir devagar, como quem não quer interromper o silêncio. Eu não estou aqui para te cobrar ânimo, nem para te dizer que tudo vai melhorar como num passe de mágica. Estou aqui para te lembrar que você ainda é amada, mesmo quando não sente. Que sua existência tem valor, mesmo quando parece invisível.
Você não precisa ser forte agora. Pode se permitir apenas existir, respirar, descansar. E se a tristeza apertar, saiba que ela não assusta quem está disposto a caminhar contigo. Eu estou contigo. No seu tempo, no seu ritmo, do seu jeito.
Você é mais do que a dor. É história, é afeto, é possibilidade. E mesmo que você não veja isso agora, eu vejo. E não desisto de lembrar. Mesmo com todos os meus cabelos brancos, com minha idade avançada, eu ainda tenho forças pra te amar, valorizar e te fazer feliz!
23 de jul. de 2025
Vida nova
Abro a janela, deixo entrar
22 de jul. de 2025
Volte a brilhar
15 de jul. de 2025
Brechas de felicidade
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José e Vilma, meus pais, ano 1949 |
Há momentos em que a felicidade simplesmente escapa à lógica, como um sorriso da alma antes mesmo que a mente perceba. É aquele cheiro que desperta uma lembrança boa, o fim de tarde vagando sem pressa, o pôr do sol que cala, o abraço que reconecta.
11 de jul. de 2025
Formas de luz
9 de jul. de 2025
Sentida - o prazer de estar e de sentir-se feliz
4 de jul. de 2025
Eu somei!
Dividir é bonito: é dar espaço, é caminhar junto.
Mas somar… ah, somar é crescer.
É olhar nos olhos de quem pensa diferente e enxergar beleza.
É ouvir histórias que não são as minhas e ainda assim me reconhecer nelas.
Somei com quem veio de longe e com quem estava ao lado o tempo todo.
Somei com quem me desafiou, com quem me acolheu,
com quem me fez rir, e até com quem me fez chorar e repensar.
A vida é mais do que encontrar um par.
É encontrar pedaços de si em cada pessoa que passa.
E hoje eu posso dizer, com o coração cheio:
22 de jun. de 2025
19 de jun. de 2025
Vivo pensando
Eu vivo pensando em você,
18 de jun. de 2025
Flores de ódio
16 de jun. de 2025
Sou a mão (A dor de um poeta)
4 de jun. de 2025
Let's save a child's life in Gaza or in the world
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Crianças caminham pelas ruas destruídas de Khan Younis. Foto: Sacha Myers - Save the Children |
When will the so-called pacifist nations wake up and see that this is not a war against terrorism? But rather the extermination of a people!
23 de mai. de 2025
Saudades
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Praia do Barro Duro - Laranjal - Pelotas |
13 de mai. de 2025
Dar amor
Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
8 de mai. de 2025
Lost in Singapore
As the sun set over Singapore’s gleaming skyscrapers, my legs wandered the vibrant streets of Orchard Road. Just hours earlier, I had arrived in this bustling city, brimming with cultures, eager to explore its famous attractions. However, in my search for the elusive street food markets, I had inadvertently strayed from my planned route.
Without the GPS on my phone, which I had forgotten to charge in my excitement, I had to rely on my instincts and the occasional pedestrian who dared to ask in my broken English, begging for directions. Every corner was a feast for the senses: the aroma of satay sizzling on skewers, the vibrant colours of traditional Peranakan tiles and the melodic sounds of street musicians blended into a symphony that both soothed and captivated me.
As I delved deeper into the maze of HDB flats, my initial anxiety turned to euphoria. I stumbled upon a hidden hawker market where locals gathered around tables, enjoying dishes like Hainanese chicken rice and laksa. The friendly chatter and laughter welcomed me, and I soon shared a table with a jovial elderly couple who graciously regaled me with stories of Singapore’s transformation over the decades.
After a delicious meal and so much information, I plucked up the courage and decided it was time to pluck up the courage to meet Zhang Li, my betrothed from the East. The warm evening air was scented with spices and sweet desserts. I realized then that getting lost wasn't a tragedy after all; it was the time I needed to fill my chest with desire and finally find love. Find the woman who made me fly halfway around the world in search of happiness. You!
30 de mar. de 2025
Não perca um segundo na vida, ame
21 de fev. de 2025
Stand by me
20 de jan. de 2025
السلام على الرجال / שלום על בני האדם / PAZ
תודיע לי! ספר לינשופים המזרחיים ששמי הלילה שוב מלאים בכוכבים!
اسمحوا لي أن أعرف! أخبر البوم الشرقي أن سماء الليل مليئة بالنجوم مرة أخرى!
Lass es mich wissen! Sagen Sie den Osteulen, dass der Nachthimmel wieder voller Sterne ist!
मुझे बताओ! पूर्वी उल्लुओं को बताएं कि रात का आकाश फिर से तारों से भर गया है!
Уведомление! Расскажите восточным совам, что ночное небо снова полно звезд!
Bildiri! Doğu baykuşlarına gece gökyüzünün yine yıldızlarla dolu olduğunu söyleyin!
宣言!東のフクロウたちに、夜空はまた星でいっぱいだと伝えてください!
宣言!告诉东方的猫头鹰,夜空又布满了星星!
Declaration! Tell the owls in the east that the night sky is full of stars again!
6 de jan. de 2025
Intimidade
5 de jan. de 2025
¿Cómo hacer para olvidar-te Cristina?
4 de jan. de 2025
Palavras
2 de jan. de 2025
Faltou tesão
Se vestem de certezas mas tropeçam na dúvida,
Jogam charme como rede,
Mas esquecem que o coração não se pesca com anzol.
Mal amadas...
Mas ainda assim intensas,
Como ondas que batem forte,
Levando pedaços de quem insiste em ficar.
E eu? Eu permaneço.
Porque já aprendi a esperar o mar se acalmar,
E a reconhecer quando é maré ou tempestade.